Henry Miller nasceu em Dezembro de 1891, em Brooklyn, em Nova Iorque. Teve uma grande variedade de empregos enquanto jovem. Encorajado por June Mansfield Smith, a sua segunda de cinco mulheres, Miller começou a escrever. Para além de artigos, contos e poemas em prosa, Henry Miller começou a escrever os seus primeiros romances, Crazy Cock e Moloch ou este Mundo Pagão, e as numerosas notas que mais tarde se transmutaram nos conhecidos livros dos Trópicos.
Em 1930, Henry Miller foi viver para Paris. Durante os dez anos seguintes, misturou-se com os expatriados empobrecidos e os parisienses boémios, entre eles Brassaï, Artaud e Anaïs Nin, com quem manteve uma relação bastante documentada. O seu primeiro livro publicado, Trópico de Câncer, foi editado pela Oblisk Press em Paris. Foi seguido cinco anos mais tarde por Trópico de Capricórnio. Sexualmente explícitos e desavergonhadamente sinceros, estes dois livros electrificaram a vanguarda literária europeia, receberam elogios de Eliot, Pound, Beckett e Durrelll, mas foram quase universalmente banidos fora de França.
Henry Miller regressou aos Estados Unidos em 1940, estabelecendo-se em Big Sur, na Califórnia, onde escreveu a trilogia da “Rosa-Crucificação” – Sexus (1949), Plexus (1953) e Nexus (1959), mas, encarado por muitos como um escritor de “livros porcos”, não conseguiu que as suas grandes obras fossem publicadas nos Estados Unidos. Em 1961, após uma épica batalha legal, Trópico de Câncer foi finalmente publicado na América. Henry Miller tornou-se bastante conhecido e foi aclamado pela contracultura dos anos 60 como um profeta da liberdade e da revolução sexual.
Henry Miller morreu a 7 de Junho de 1980, em Big Sur, na Califórnia.
A par de Sexus e Plexus, no catálogo ASA figuram também as obras O Sorriso aos Pés da Escada e Moloch ou Este Mundo Pagão.
Henry Miller levou mais de dez anos a completar a trilogia da “Rosa-Crucificação”, que iniciou em 1949 com Sexus – uma obra tão controversa que pôs Paris em grande alvoroço com o “affair Miller” (e que fez com que o seu editor fosse ameaçado com a prisão) – e a que se seguiu Plexus (1953) e, por fim, Nexus (1959). Estas três obras são uma deslumbrante exibição de instantâneos do quotidiano, sexo e ideias. Dos últimos dias de Miller em Nova Iorque à sua relação com June Miller e a sua amante, dos seus mais íntimos pensamentos à crueza dos seus dias e noites, o autor despede-se gloriosamente da vida que levou e antecipa a vida que se seguiria.