O escritor israelita Amos Oz vai ser distinguido com o Grande Prémio de Budapeste durante o XVII Festival Internacional do Livro de Budapeste, na Hungria.
Este evento decorre de
Amos Oz nasceu em 1939, em Jerusalém, e é o autor israelita mais traduzido em todo o mundo. Por diversas vezes apontado como favorito ao Prémio Nobel de Literatura, foi já distinguido com inúmeros galardões, entre eles, o Prémio Príncipe de Astúrias de Literatura, o Prémio da Paz da Feira do Livro de Frankfurt, o Prémio Grinzane Cavour de Literatura e a Cruz de Honra da República Federal da Alemanha.
Na ASA, estão já publicadas as suas obras A Terceira Condição, Não Chames à Noite Noite, Uma Pantera na Cave, O Meu Michael, O Mesmo Mar e Uma História de Amor e Trevas.
Depois do affair Miller, que escandalizou Paris com a publicação de Sexus, Henry Miller prosseguiu a sua Trilogia da Rosa-Crucificação com este Plexus, originalmente editado em 1953.
A relação obsessiva com Mona, que já atravessara o primeiro volume, coloca agora o narrador a braços com a sobrevivência diária, depois de desistir de um emprego estável numa companhia telegráfica para se dedicar à escrita. Ao sexo, às bebedeiras e às deambulações filosóficas sem outro método que não o ir andando junta-se a necessidade de arranjar dinheiro e a persistência de escrever e publicar. Miller negou sempre o carácter autobiográfico desta trilogia, e em benefício de uma leitura baseada apenas no texto e não nos factóides que o envolvem, essa é a postura mais indicada, mesmo que não seja difícil encontrar ecos da vida do autor nesta catadupa torrencial e desordenada de personagens alucinadas, noites de copos com final imprevisível e desejos mais ou menos concretizados (com mais ou menos acrobacias circenses pelo meio). A alternativa de ler Plexus, bem como os outros dois volumes da trilogia, como uma descrição da vida do autor pode ser tentadora do ponto de vista da bisbilhotice mas retira à leitura a sua maior dádiva: a queda, sem rede, dentro de uma narrativa labiríntica, povoada pelas personagens mais improváveis e desarticuladas e ritmada pelos impulsos e pela urgência de os satisfazer.
Crítica de Sara Figueiredo Costa, a Plexus, de Henry Miller, publicada na Time Out Lisboa, no dia 3 de Fevereiro.
O escritor Milan Kundera foi ontem distinguido, em Paris, pelo presidente da Câmara de Brno, Roman Onderka, como cidadão honorário daquela cidade checa, onde nasceu há oitenta anos.
Kundera tinha já escrito uma carta aos representantes de Brno a afirmar que, apesar de aceitar a distinção, não poderia se deslocar àquela cidade da Morávia por razões de saúde.
A cerimónia teve lugar num restaurante perto da residência do autor em Paris e contou também com a presença da mulher do escritor, Vera Kundera, e do vereador para a relações internacionais de Brno, Mojmir Jerabek.
O evento não contou com a presença de jornalistas por pedido do autor.
o livro do riso e do esquecimento