Segunda-feira, 19 de Novembro de 2012

PAULINE RÉAGE

Pauline Réage (1907 – 1998) é o pseudónimo de Anne Desclos, jornalista e escritora francesa. História d'O foi publicado originalmente em 1954, causando grande controvérsia e especulação em relação à verdadeira identidade da autora. Na sua génese, está o desafio lançado pelo editor Jean Paulhan, que afirmou não acreditar que uma mulher fosse capaz de escrever um romance erótico. Anne Desclos admitiu a sua autoria apenas quarenta anos após a publicação. História d'O foi adaptado para o cinema em 1975.

publicado por Miguel Seara às 12:20

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Terça-feira, 19 de Junho de 2012

MARGUERITE DURAS

 

 

Marguerite Duras (1941-1996) é um dos expoentes máximos da literatura europeia do século XX. Nascida na Indochina Francesa (atual Vietname), onde passou a infância e a adolescência, a autora fica profundamente marcada pela paisagem e pela vida da antiga colónia francesa, frequentemente referidas na sua obra. O seu legado literário é vastíssimo e contempla romances e argumentos cinematográficos, dos quais Hiroshima, meu amor é sem dúvida o mais conhecido e marcante. Foi também realizadora e dramaturga. Em 1984, venceu o prestigiado Prémio Goncourt com O Amante, romance traduzido para quarenta e três línguas e adaptado ao cinema em 1992.

publicado por Miguel Seara às 10:25

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Segunda-feira, 6 de Setembro de 2010

EDITH WHARTON

Edith Wharton nasceu em 1862 numa das famílias mais ricas e conceituadas de Nova Iorque. Para além de Sono Crepuscular, da sua vasta obra literária destacam-se A Idade da Inocência, Ethan Frome, Jovens Rebeldes e A Casa da Felicidade. Conhecida pela sua perspicácia e acutilância, é uma cronista excepcional e um dos nomes incontornáveis da literatura mundial. Foi a primeira mulher a ser distinguida com o Prémio Pulitzer de Ficção, a ser nomeada doutora honoris causa pela Universidade de Yale e a ser eleita para a Academia Americana de Artes e Letras. Faleceu em França, em 1937.

publicado por Miguel Seara às 17:13

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Sexta-feira, 8 de Janeiro de 2010

HENRY MILLER

 

 

Henry Miller nasceu em Dezembro de 1891, em Brooklyn, em Nova Iorque. Teve uma grande variedade de empregos enquanto jovem. Encorajado por June Mansfield Smith, a sua segunda de cinco mulheres, Miller começou a escrever. Para além de artigos, contos e poemas em prosa, Henry Miller começou a escrever os seus primeiros romances, Crazy Cock e Moloch ou este Mundo Pagão, e as numerosas notas que mais tarde se transmutaram nos conhecidos livros dos Trópicos.

 

Em 1930, Henry Miller foi viver para Paris. Durante os dez anos seguintes, misturou-se com os expatriados empobrecidos e os parisienses boémios, entre eles Brassaï, Artaud e Anaïs Nin, com quem manteve uma relação bastante documentada. O seu primeiro livro publicado, Trópico de Câncer, foi editado pela Oblisk Press em Paris. Foi seguido cinco anos mais tarde por Trópico de Capricórnio. Sexualmente explícitos e desavergonhadamente sinceros, estes dois livros electrificaram a vanguarda literária europeia, receberam elogios de Eliot, Pound, Beckett e Durrelll, mas foram quase universalmente banidos fora de França.

 

Henry Miller regressou aos Estados Unidos em 1940, estabelecendo-se em Big Sur, na Califórnia, onde escreveu a trilogia da “Rosa-Crucificação”Sexus (1949), Plexus (1953) e Nexus (1959), mas, encarado por muitos como um escritor de “livros porcos”, não conseguiu que as suas grandes obras fossem publicadas nos Estados Unidos. Em 1961, após uma épica batalha legal, Trópico de Câncer foi finalmente publicado na América. Henry Miller tornou-se bastante conhecido e foi aclamado pela contracultura dos anos 60 como um profeta da liberdade e da revolução sexual.

 

Henry Miller morreu a 7 de Junho de 1980, em Big Sur, na Califórnia.

 

A par de Sexus e Plexus, no catálogo ASA figuram também as obras O Sorriso aos Pés da Escada e Moloch ou Este Mundo Pagão.

publicado por Miguel Seara às 15:40

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Quarta-feira, 30 de Dezembro de 2009

“POBRE VELHO WILLIE” – SOMERSET MAUGHAM EM DESTAQUE NO PÚBLICO

 

 

Uma nova biografia e uma série de reedições alimentam o revivalismo em torno do homem que em tempos foi “o melhor escritor de segunda categoria”. A ASA lança Servidão Humana. Volta, William Somerset Maugham, estás perdoado.

 

“Não acalento ilusões no que diz respeito à minha posição no universo literário e não albergo ressentimentos em relação a certos críticos brilhantes que escrevem sobre literatura contemporânea e nunca se lembram de mim”, declarou William Somerset Maugham nos anos 20. Por essa altura, já era famoso e parecia ter esquecido que, desde o início da sua carreira, nos primórdios do século XX, lograra o aplauso de sumidades como Virginia Woolf, Elizabeth Bowen, Theodore Dreiser – que muito contribuiu para o sucesso de Servidão Humana –, Rebecca West e Evelyn Waugh, entre outros. O que parecia incomodar o escritor era o facto de a crítica se tornar cada vez mais evasiva à medida que enriquecia, que as suas peças enchiam os teatros e que os seus livros esgotavam edições. Frases como “o melhor escritor de segunda categoria” ou “um contador de histórias eficaz” estigmatizavam a obra de um autor que, para muitos, tratava temas profundos – a angústia existencial, a busca da liberdade, a atracção erótica e o apelo do exotismo – com leviandade e rigidez.

 

Num artigo publicado no Atlantic em 2004, Poor Old Willie, Christopher Hitchens enunciou sem piedade os clichés na obra de Maugham e relembrou a opinião de Edmund Wilson, que considerava o famoso O Fio da Navalha um amontoado de banalidades. Apesar de tudo, neste final de década do século XXI a obra de Maugham conhece um revivalismo marcante – em Portugal está a ser reeditada pela ASA, que acaba de lançar Servidão Humana e fará chegar às livrarias em 2010 O Fio da Navalha, principalmente depois da adaptação para o cinema de O Véu Pintado (2006) e da publicação de The Secret Lives of Somerset Maugham, a biografia de Selina Hastings, já considerada pelo The Times como a melhor deste ano. Foi também importante a referência directa de V. S. Naipaul em Half a Life (2001), onde começa por contar a história do feliz encontro entre um homem santo da Índia e um escritor, baseando-se na experiência de um Maugham que, nos seus últimos anos, desenvolveu um interesse especial pela espiritualidade oriental, bem explícita em O Fio da Navalha, o romance que influenciou legiões de hippies e adeptos de filosofias New Age.

publicado por Miguel Seara às 14:58

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Quinta-feira, 5 de Novembro de 2009

SOMERSET MAUGHAM

William Somerset Maugham, um dos mais famosos romancistas e dramaturgos ingleses do século XX, nasceu em Paris, em 1874. Filho de diplomatas britânicos, cedo ficou órfão, tendo sido educado por um tio, vigário de Whitstable. Apesar de ter estudado Medicina na Alemanha e em Londres, nunca chegou a exercer, tendo sido, entre muitas outras actividades, condutor de ambulâncias durante a Primeira Guerra Mundial (à semelhança de escritores como Ernest Hemingway) e espião. As suas viagens um pouco por todo o mundo influenciaram profundamente a sua escrita. Em 1928 comprou uma propriedade na Riviera francesa, onde recebeu as mais importantes figuras do mundo literário, social e político da sua época, e que seria a sua casa até 1965, ano da sua morte.

 

Entre as suas obras mais conhecidas, destacam-se Servidão Humana e O Fio da Navalha (já publicados na Colecção Vintage). Para além destes romances, fazem parte do catálogo da ASA as suas obras Paixão em Florença, A Lua e Cinco Tostões, As Paixões de Julia e O Véu Pintado. Em 1947 instituiu o Somerset Maugham Award, prémio que distinguiu, entre outros, escritores como V. S. Naipaul, Kingsley Amis, Alan Hollinghurst, Julian Barnes e Zadie Smith. Muitos dos seus romances já foram adaptados ao cinema.

 

publicado por Miguel Seara às 11:06

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Quinta-feira, 9 de Abril de 2009

AMOS OZ

Amos Oz nasceu em Jerusalém, em 1939, no seio de uma família judaica de emigrantes russos e polacos. Aos 15 anos enfrentou o pai e abandonou Jerusalém para viver e trabalhar no kibutz de Hulda, onde completou o ensino secundário. Após terminar o serviço militar em 1961, voltou ao kibutz para trabalhar nos campos de algodão.

 

Com apenas 20 anos publicou o seu primeiro conto na prestigiante revista literária Keshet, tendo a assembleia do kibutz decidido enviá-lo para a Universidade Hebraica de Jerusalém para estudar Filosofia e Literatura. Voltou licenciado ao kibutz de Hulda, onde repartiu o tempo entre a escrita, o trabalho e o ensino.

 

Em 1967, era reservista da unidade de blindados que lutou na frente do Sinai durante a Guerra dos Seis Dias e, em Outubro de 1973, combateu na Guerra do Yom Kippur nos montes Golã.

 

Entre 1969 e 1970 foi professor convidado no St. Cross College de Oxford. Em 1975 e 1990, foi escritor residente na Universidade Hebraica de Jerusalém. Entre 1984 e 1985, passou, com a mulher e o filho, um ano como professor residente no Colorado Spring College nos Estados Unidos.

 

Amos Oz continua a dedicar-se à escrita e ao ensino. É professor catedrático de Literatura Hebraica na Universidade Ben-Gurion do Neguev em Beer Sheva.

 

Desde a Guerra de 1967, Amos Oz publicou inúmeros artigos e ensaios sobre o conflito israelo-árabe e fez campanha a favor da paz através de um compromisso baseado no mútuo reconhecimento; da convivência pacífica entre Israel e um Estado palestiniano na Cisjordânia e em Gaza. Oz foi uma das principais figuras do movimento Peace Now (Paz Agora). Os seus artigos, ensaios e a sua actividade política converteram-no numa figura ilustre de Israel.

 

Em 1991, foi eleito membro da Academia da Língua Hebraica. Em 1992, recebeu o Friendenpreis, outorgado pelo governo alemão e um dos mais prestigiantes pela luta a favor da paz. Em 2004, recebeu o Prémio Internacional da Catalunha e Uma História de Amor e Trevas o Prémio France Culture e o Prémio de Literatura do Die Welt. Em 2007, recebeu o Prémio Príncipe de Astúrias de Literatura.

 

É autor de doze romances, três livros de contos, sete ensaios e um livro infantil. No catálogo ASA estão já publicados os romances A Terceira Condição, Não Chames à Noite Noite, Uma Pantera na Cave, O Meu Michael, O Mesmo Mar e Uma História de Amor e Trevas.

 

Amos Oz é o autor israelita mais traduzido em todo o mundo, estando as suas obras disponíveis em 36 línguas.

publicado por Miguel Seara às 09:49

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Quarta-feira, 1 de Abril de 2009

MILAN KUNDERA

Romancista e ensaísta, Milan Kundera nasceu em Brno, na República Checa, em 1929. Após a publicação de A Brincadeira (1967), que lhe conferiu uma notoriedade imediata, e de O Livro dos Amores Risíveis (1969) (Prémio da União dos Escritores Checoslovacos), é vítima da repressão soviética a seguir ao esmagamento da Primavera de Praga. Os seus livros são interditos, é proibido de trabalhar e perde o direito de publicar. Em 1975, foge para Paris, onde vive desde então, tornando-se cidadão francês em 1981, após lhe ter sido retirada a nacionalidade checoslovaca, como consequência da publicação em França de O Livro do Riso e do Esquecimento.

Toda a sua obra está traduzida em Portugal, nomeadamente, nas Edições ASA, os romances A Identidade, A Lentidão, A Ignorância, A Valsa do Adeus e O Livro do Riso e do Esquecimento, a peça de teatro Jacques e o seu Amo e os ensaios Os Testamentos Traídos e A Cortina. Entre outros prémios, Milan Kundera recebeu, pelo conjunto da sua obra, o Common Wealth Award (1981), o Prémio Jerusalém (1985) e o Prémio Nacional de Literatura da República Checa (2007).

A sua obra A Insustentável Leveza do Ser foi adaptada ao cinema em 1988 por Philip Kaufman e protagonizada por Daniel Day-Lewis e Juliette Binoche. A Brincadeira foi também transposta para o cinema por Milos Forman em 1969.

publicado por Miguel Seara às 10:09

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