"É sempre uma bênção quando encontro um leitor. Um leitor é um coprodutor de um livro. Eu escrevo a partitura e ele interpreta-a. Se estiver a ler acerca de um pôr-do-sol, o leitor traz para o livro todos os pores-do-sol que já viu. É por isso que não há dois leitores que tenham lido o mesmo livro. Podemos admirar quadros ou ouvir música enquanto falamos com um amigo, mas quando lemos, lemos sozinhos. Fazemos parte do processo."
Para ler a entrevista de Amos Oz, na sua casa, no Neguev, ao The Hindu, aqui.
O Le Monde está a celebrar os vinte anos da queda dos regimes comunistas do Leste com uma série de artigos interactivos sobre figuras das artes e das letras da Europa de Leste. Não perca a peça sobre Milan Kundera, “o guardião das letras checas”, que inclui uma rara entrevista, um auto-retrato do autor e um artigo de opinião, publicados em 1979, 1984 e 1993 no Le Monde, aqui.
O escritor israelita Amos Oz encontra-se em Itália a escrever um libreto para uma ópera baseada na sua obra O Mesmo Mar.
A ópera, com música do compositor italiano Fabio Vacchi, foi encomendada pelo Teatro Petruzzelli de Bari e tem estreia prevista para 2011.
Amos Oz deu também recentemente uma entrevista ao La Stampa, que pode ser lida aqui.
"As intituições governam o mundo segundo os seus própios objectivos sinistros, as pessoas comuns são sempre inocentes, as minorias nunca devem ser culpabilizadas, as vítimas são moralmente puras. (...) A noção de que as pessoas simples são boas por natureza, mas que as autoridades são corruptas e diabólicias – é esta a noção de kitsch."
Pode ler a entrevista completa de Amos Oz ao semanário Forward aqui.
O Corriere della Sera publica hoje uma entrevista com Amos Oz, a propósito da visita do Papa Bento XVI a Israel e das comemorações dos setenta anos do escritor israelita. Para ler aqui.
Amos Oz festeja hoje setenta anos. Podem ler a entrevista publicada hoje do El Periódico com o escritor israelita mais traduzido em todo aqui.
© Rina Castelnuevo / The New York Times
Durante quatro décadas, Amos Oz tem sido conhecido em Israel e no mundo por duas coisas, os seus fervorosos ideais políticos de esquerda e a sua ficção intimamente observadora. Ele sempre insistiu que são duas coisas distintas, e assim parecem. Os seus romances e contos não são alegorias sobre o conflito palestiniano, mas relatos produndamente tocantes de ambiguidade e melancolia. Por outro lado, os seus ensaios políticos, explicam o seu ponto de vista com uma transparência absoluta.
Uma das maneiras que ele tem de separar as duas formas de escrita é usando dois tipos de canetas, uma azul, a outra preta, que estão pousadas na secretária do escritório repleto de livros na sua casa, nesta pacata cidade no deserto.
“Nunca as misturo”, afirma Amos Oz sobre as canetas. “Uma é para mandar o governo para o Inferno. A outra é para contar histórias.”
Leia o resto da entrevista a Amoz Oz, publicada hoje no The New York Times, aqui.
"Ser um israelita com setenta anos é provavelmente como ser um sueco com duzentos anos, uma vez que já vi muita coisa, já vi tudo. Nasci antes da criação do Estado, e lembro-me dos dias anteriores ao nascimento do Estado e dos primeiros dias e anos do Estado de Israel. É bom ser israelita, apesar de ser uma vida dura, mas pelo preço de uma vida normal vivemos duzentos anos."
No dia 30 de Novembro de 1980, o The New York Times publicou uma extensa entrevista de Philip Roth a Milan Kundera, a propósito de O Livro do Riso e do Esquecimento. Podem ler o artigo em que este dois pesos pesados da literatura mundial discutem sobre o fim do mundo, o totalitarismo, a liberdade, a literatura, o riso e a sexualidade aqui.
Para ler também a crítica de John Updike a O Livro do Riso e do Esquecimento, publicada no mesmo dia, aqui.
o livro do riso e do esquecimento