O escritor israelita Amos Oz venceu a primeira edição do Prémio Internacional Salão do Livro de Turim, apesar de um apelo de um grupo de académicos italianos para um boicote cultural e académico de Israel.
O autor foi escolhido numa votação aberta ao público, após os finalistas terem sido nomeados pela organização, tendo o norte-americano Paul Auster e o mexicano Carlos Fuentes ficado em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
O galardão visa distinguir um escritor cuja obra tenha contribuído para fazer da literatura um instrumento irrefutável da memória.
O prémio tem um valor de 25 mil euros e será entregue em Outubro no Parco Culturale Piemonte Paesaggio Umano, onde terá lugar um clico de encontros e conferências dedicado ao vencedor.
Na semana passada, um grupo de académicos de Turim convocou uma conferência de imprensa na qual apelou a todos os académicos, escritores e artistas para boicotarem todas as instituições académicas e culturais de Israel, até que este país “cumprisse os seus compromissos com o direito internacional”.
Este apelo deu origem a um intenso debate em Itália, com o escritor Umberto Eco a expressar a sua oposição ao boicote, num artigo publicado na sexta-feira na revista L’espresso.
“Foi apresentado em Turim um manifesto da Italian Campaign for the Academic & Cultural Boycott of Israel que afirma que as universidades, os académicos e os intelectuais israelitas, na sua quase totalidade, apoiam o governo e são cúmplices das suas políticas. E que as universidades israelitas são palco de alguns dos mais importantes projectos de armamento, centrados na nanotecnologia e em meios tecnológicos e psicológicos para subjugar e controlar a população civil,” escreveu o escritor. “Não concordo minimamente com a política do governo israelita (…) mas acho falsa a afirmação de que a maioria dos académicos israelitas apoia activamente a política dos seus governos.”
“Posso compreender”, continuou Umberto Eco, “que os departamentos de Física da Universidade de Roma ou de Oxford decidam suspender a sua colaboração com os seus colegas dos departamentos homólogos de Teerão ou Pyongyang se se descobrisse que estavam envolvidos no desenvolvimento de uma bomba atómica. Mas não percebo porque devemos interromper as relações com os departamentos de História de Arte Coreana ou de Literatura Persa Clássica.”
Amos Oz nasceu em 1939, em Jerusalém, e é o autor israelita mais traduzido em todo o mundo. Por diversas vezes apontado como favorito ao Prémio Nobel de Literatura, foi já distinguido com inúmeros galardões, entre eles, o Prémio Príncipe de Astúrias de Literatura, o Prémio da Paz da Feira do Livro de Frankfurt, o Prémio Grinzane Cavour de Literatura e a Cruz de Honra da República Federal da Alemanha.
Na ASA, estão já publicadas as suas obras A Terceira Condição, Não Chames à Noite Noite, Uma Pantera na Cave, O Meu Michael, O Mesmo Mar e Uma História de Amor e Trevas.
O escritor checo Milan Kundera venceu o 10.º Prémio Reino de Redonda pela “grande qualidade da sua obra de ficção, que reflecte as ambiguidades e contradições dos indivíduos do nosso tempo, tanto em regimes ditatoriais como democráticos”.
O galardão, instituído pelo escritor espanhol Javier Marías, através da editora Reino de Redonda, para distinguir o conjunto da obra de um escritor ou de um cineasta estrangeiro, tem o valor de 3000 euros e atribui igualmente um título nobiliárquico fictício. Assim, Milan Kundera será, a partir de hoje, Duque de Amarcord.
O autor de O Livro do Riso e do Esquecimento foi escolhido para este título como saudação a Fellini e declarou sentir-se “agradecido, honrado e divertido” pela atribuição do prémio, cuja continuidade em 2011 dependerá dos membros do júri, segundo referiu Javier Marías na acta da votação.
Entre outros, o júri desta edição integrava os escritores António Lobo Antunes, John Ashbery, Antony Beevor, A. S. Byatt, J. M. Coetzee, John Elliott, Pere Gimferrer, Claudio Magris, Eduardo Mendoza, Orhan Pamuk, Arturo Pérez-Reverte e Mario Vargas Llosa e os realizadores Pedro Almodóvar e Agustín Díaz Yanes.
Em edições anteriores foram galardoados com o Reino de Redonda J. M. Coetzee (Duque da Desonra), John Elliott (Duque de Simancas), Claudio Magris (Duque de Segunda Mão), Éric Rohmer (Duque de Olalla), Alice Munro (Duquesa de Ontário), George Steiner (Duque de Gerona), Umberto Eco (Duque da Ilha da Véspera) e Marc Fumaroli (Duque de Hoyhnhms).
O escritor israelita Amos Oz vai ser distinguido com o Grande Prémio de Budapeste durante o XVII Festival Internacional do Livro de Budapeste, na Hungria.
Este evento decorre de
Amos Oz nasceu em 1939, em Jerusalém, e é o autor israelita mais traduzido em todo o mundo. Por diversas vezes apontado como favorito ao Prémio Nobel de Literatura, foi já distinguido com inúmeros galardões, entre eles, o Prémio Príncipe de Astúrias de Literatura, o Prémio da Paz da Feira do Livro de Frankfurt, o Prémio Grinzane Cavour de Literatura e a Cruz de Honra da República Federal da Alemanha.
Na ASA, estão já publicadas as suas obras A Terceira Condição, Não Chames à Noite Noite, Uma Pantera na Cave, O Meu Michael, O Mesmo Mar e Uma História de Amor e Trevas.
O escritor Milan Kundera foi ontem distinguido, em Paris, pelo presidente da Câmara de Brno, Roman Onderka, como cidadão honorário daquela cidade checa, onde nasceu há oitenta anos.
Kundera tinha já escrito uma carta aos representantes de Brno a afirmar que, apesar de aceitar a distinção, não poderia se deslocar àquela cidade da Morávia por razões de saúde.
A cerimónia teve lugar num restaurante perto da residência do autor em Paris e contou também com a presença da mulher do escritor, Vera Kundera, e do vereador para a relações internacionais de Brno, Mojmir Jerabek.
O evento não contou com a presença de jornalistas por pedido do autor.
O escritor israelita Amos Oz recebeu na quarta-feira a Chave da Cidade de Florença, das mãos do presidente da Câmara daquela cidade italiana, Matteo Renzi.
A cerimónia teve lugar durante o evento “A Banalidade do Mal”, organizado pela Região da Toscana, e inserido nas celebrações do dia da Memória, em honra das vítimas das atrocidades cometidas pelos nazis, com especial destaque para o extermínio dos judeus.
Durante a cerimónia, a que assistiram cerca de 9 mil estudantes, o presidente da Câmara atribui também, em nome do presidente da República de Itália, Giorgio Napolitano, a Medalha de Honra a antigos deportados nos campos de concentração nazis e a familiares das vítimas.
Pode assistir ao vídeo da cerimónia aqui.
O escritor israelita Amos Oz foi agraciado na terça-feira com o grau de doutor honoris causa pela Universidade para Estrangeiros de Siena na área da Ciência Linguística para a Comunicação Intercultural, pela sua contribuição para o diálogo intercultural ao longo da sua carreira literária.
Brno nomeou como cidadão honorário o escritor francês de origem checa Milan Kundera, nascido em 1929 naquela localidade do Sudeste da República Checa. A cidade quis desta forma reconhecer a trajectória literária de um dos seus mais distinguidos intelectuais do século XX.
“Milan Kundera é um homem que admiro muito. Sei que já recusou por diversas vezes importantes distinções, até de família reais europeias. Porém, escreveu-nos uma carta em que confirma que, caso fosse distinguido, receberia o prémio”, afirmou à AFP o presidente da Câmara de Brno, Roman Onderka.
No entanto, devido ao seu estado de saúde, o escritor não poderá deslocar-se à República Checa para receber o galardão, sendo que o título lhe será entregue em mãos pelo presidente da Câmara de Brno em Paris, onde o escritor reside.
O título de cidadão honorífico é atribuído em cada quatro anos pela autarquia daquela cidade da região da Morávia.
Amos Oz é o principal favorito para ganhar o Prémio Nobel de Literatura deste ano, segundo as casas de apostas britânicas.
Por cada euro apostado no escritor israelita a Ladbrokes paga quatro, à frente do argelino Assia Djebar (5/1), do espanhol Luis Goytisolo (6/1) e dos norte-americanos Joyce Carol Oates e Philip Roth (ambos 7/1).
No entanto, a Academia Sueca é conhecida por algumas escolhas surpreendentes, tendo de se aguardar por Outubro, numa data ainda a definir, para se conhecer o Prémio Nobel de Literatura 2009.
Milan Kundera é um dos grandes favoritos à conquista do Prémio Príncipe das Astúrias de Literatura deste ano, que será anunciado na quarta-feira, dia 24 de Junho, às 11h00 (12h00, em Espanha).
Na lista de nomeados, contam-se trinta e um autores de vinte e cinco nacionalidades, entre eles, Ismaïl Kadaré, Agota Kristof, Antonio Tabucchi e Haruki Murakami.
Os Prémios Príncipe das Astúrias são uma série prémios de anuais atribuídos em Espanha pela Fundação Príncipe das Astúrias a indivíduos ou instituições de todo o mundo que tenham produzido contribuições notáveis nas seguintes áreas: Artes, Desporto, Ciências Sociais, Comunicação e Humanidades, Concórdia, Cooperação Internacional, Investigação Científica e Técnica e Literatura. Os prémios são apresentados em Oviedo, a capital do Principado das Astúrias, numa cerimónia conduzida pelo príncipe das Astúrias.
Os vencedores das três últimas edições foram Paul Auster, Amos Oz e Margaret Atwood.
O escritor Milan Kundera, autor de O Livro do Riso e do Esquecimento, fez uma rara aparição pública para receber o Prémio Mundial da Fundação Simone e Cino del Duca. O galardão foi entregue por Hélène Carrère d'Encausse, secretária vitalícia da Academia Francesa, sob a cúpula da instituição.
O escritor Milan Kundera vai receber no dia 10 de Junho, na Cúpula do Instituto de França, em Paris, o Prémio Mundial da Fundação Simone e Cino del Duca, no valor de 300 mil euros.
Estabelecido em 1969, este galardão, que deve o seu nome ao editor Cino del Duca e à sua mulher, Simone, visa distinguir autores cuja obra literária ou académica transmita uma mensagem de humanismo moderno. Entre os galardoados com este prémio contam-se personalidades como Vaclav Havel e Andrei Sakharov.
Romancista e ensaísta, Milan Kundera nasceu em Brno, na República Checa, em 1929. Após a publicação de A Brincadeira (1967), que lhe conferiu uma notoriedade imediata, e de O Livro dos Amores Risíveis (1969), é vítima da repressão soviética a seguir ao esmagamento da Primavera de Praga. Os seus livros são interditos, é proibido de trabalhar e perde o direito de publicar. Em 1975, exila-se em Paris, onde vive desde então, tornando-se cidadão francês em 1981, após lhe ter sido retirada a nacionalidade checoslovaca, como consequência da publicação em França de O Livro do Riso e do Esquecimento, obra reeditada recentemente pela ASA na colecção Vintage.
Na ASA estão também publicados os romances A Identidade, A Lentidão, A Ignorância, A Valsa do Adeus, a peça de teatro Jacques e o seu Amo e os ensaios Os Testamentos Traídos e A Cortina.
Entre outros prémios, Milan Kundera recebeu, pelo conjunto da sua obra, o Common Wealth Award (1981), o Prémio Jerusalém (1985) e o Prémio Nacional de Literatura da República Checa (2007).
1965 – Prémio Holon para Artzot Ha-Tan
1968 – Prémio da Fundação Cultural Israelo-Americana
1973 – Prémio B’nai B’rith
1976 – Prémio Brenner de Literatura para Har Ha-Etzah Ha-Rah’ah
1978 – Prémio Ze’ev de Literatura Infantil para Soumchi
1983 – Prémio Bernstein de Literatura para Menuhah Nechonah
1984 – Oficial da Ordem das Artes e das Letras de França
1985 – Nomeado Escritor do Ano pelo Lotos Club
1986 – Prémio Bialik de Literatura
1988 – Prémio Femina Étranger para A Caixa Negra
Prémio H. H. Wingate para A Caixa Negra
1991 – Membro da Academia de Língua Hebraica
1992 – Prémio da Paz da Feira do Livro de Frankfurt
1993 – Prémio Luchs de Literatura Infantil para Soumchi
Prémio Hamoré de Literatura Infantil para Soumchi
1994 – Prémio Maurice A. Stiller de Literatura
1997 – Cavaleiro da Cruz da Legião de Honra de França
Prémio Blue Cobra para Uma Pantera na Cave
1998 – Prémio de Literatura de Israel
1999 – O Meu Michael foi considerado um dos 100 melhores romances do século XX pela Bertelsmann
2002 – Medalha Internacional da Tolerância
Prémio Liberdade de Expressão
2003 – Prémio Wizo para O Mesmo Mar
2004 – Prémio Internacional da Catalunha
Prémio de Literatura do Die Welt para Uma História de Amor e Trevas
Prémio France Culture para Uma História de Amor e Trevas
Prémio Literário Sandro Onofri para Uma História de Amor e Trevas
Prémio Literário Ovidius
Prémio da Paz da Lombardia
2005 – Prémio Goethe de Literatura
Prémio Bruno Kreisky de Literatura Política para Uma História de Amor e Trevas
Comandante da Ordem das Artes e das Letras de França
Prémio Koret para Uma História de Amor e Trevas
Jewish Quarterly-Wingate Literary Award para Uma História de Amor e Trevas
Membro Honorário da Sociedade Helénica de Autores
2006 – Prémio Internacional Corine de Literatura
Prémio Nacional Judaico de Literatura para Uma História de Amor e Trevas
Prémio SY Agnon para Uma História de Amor e Trevas
Prémio Europa
2007 – Membro da Academia Americana de Artes e Ciências
Nomeado Homem do Ano pelo Museu de Arte de Telavive
Prémio Grinzane Cavour de Literatura
Prémio Príncipe de Astúrias de Literatura
Cruz de Honra da República Federal da Alemanha
Prémio Maggid
2008 – Prémio Stefan Heym
Prémio Dan David
Prémio Primo Levi
Prémio Ulisses
Prémio Henrich Heine
2010 – Grande Prémio de Budapeste
Prémio Internacional Salão do Livro de Turim
1964 – Prémio Estatal da República Socialista da Checoslováquia
1969 – Prémio da União dos Escritores Checoslovacos para O Livro dos Amores Risíveis
1973 – Prémio Médicis para o melhor romance estrangeiro publicado em França para A Vida não é Aqui
1978 – Prémio Mondello para o melhor livro publicado em Itália para A Valsa do Adeus
1981 – Common Wealth Award pelo conjunto da sua obra
1982 – Prémio de Literatura Europeia pelo conjunto da sua obra
1984 – Prémio do Los Angeles Times para a ficção para a obra A Insustentável Leveza do Ser
1985 – Prémio Jerusalém pelo conjunto da sua obra
1987 – Prémio da Crítica da Academia Francesa para A Arte do Romance
Prémio Nelly-Sachs
Prémio do Estado Austríaco para a Literatura Europeia
1991 – Prémio de Ficção Estrangeira do The Independent para A Imortalidade
1993 – Prémio Aujourd’hui para Os Testamentos Traídos
1994 – Prémio Jaroslav Seifert para A Imortalidade
1995 – Medalha de Mérito da República Checa pela sua contribuição para o desenvolvimento da democracia
2000 – Prémio Herder da Universidade de Viena
2005 – Prémio de Literatura de Brno
Finalista do Man Booker International Prize 2005
2006 – Prémio Ladislav Kujs da Academia de Letras da República Checa
2007 – Prémio Nacional de Literatura da República Checa
2009 – Prémio Mundial da Fundação Simone e Cino del Duca
o livro do riso e do esquecimento