Segunda-feira, 8 de Fevereiro de 2010

A CRÍTICA DA TIME OUT A PLEXUS

 

 

Depois do affair Miller, que escandalizou Paris com a publicação de Sexus, Henry Miller prosseguiu a sua Trilogia da Rosa-Crucificação com este Plexus, originalmente editado em 1953.

A relação obsessiva com Mona, que já atravessara o primeiro volume, coloca agora o narrador a braços com a sobrevivência diária, depois de desistir de um emprego estável numa companhia telegráfica para se dedicar à escrita. Ao sexo, às bebedeiras e às deambulações filosóficas sem outro método que não o ir andando junta-se a necessidade de arranjar dinheiro e a persistência de escrever e publicar. Miller negou sempre o carácter autobiográfico desta trilogia, e em benefício de uma leitura baseada apenas no texto e não nos factóides que o envolvem, essa é a postura mais indicada, mesmo que não seja difícil encontrar ecos da vida do autor nesta catadupa torrencial e desordenada de personagens alucinadas, noites de copos com final imprevisível e desejos mais ou menos concretizados (com mais ou menos acrobacias circenses pelo meio). A alternativa de ler Plexus, bem como os outros dois volumes da trilogia, como uma descrição da vida do autor pode ser tentadora do ponto de vista da bisbilhotice mas retira à leitura a sua maior dádiva: a queda, sem rede, dentro de uma narrativa labiríntica, povoada pelas personagens mais improváveis e desarticuladas e ritmada pelos impulsos e pela urgência de os satisfazer.

 

Crítica de Sara Figueiredo Costa, a Plexus, de Henry Miller, publicada na Time Out Lisboa, no dia 3 de Fevereiro.

publicado por Miguel Seara às 12:35

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Quinta-feira, 2 de Abril de 2009

SEXUS – A CRÍTICA DA TIME OUT


"Há livros que provocam um tal alarido fora das suas páginas que só quando o silêncio regressa são devidamente apreciados..."

Leia a continuação da crítica de Sara Figueiredo Costa, na Time Out, a Sexus, de Henry Miller, no blogue Cadeirão Voltaire.

publicado por Miguel Seara às 15:05

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